Silvany Euclênio

É com muito prazer que África Aqui traz esta feliz notícia:

A historiadora e professora Silvany Euclênio, membro da diretoria do Centro Cultural Orùnmilá assumiu, no início da semana, a função de Diretora de Programa da Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais da SEPPIR (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) do governo federal. Indicada pela própria ministra Luiza Bairros, a professora Silvany ficará responsável pela administração técnica dos programas e ações da Secretaria de Comunidades Tradicionais e substituirá a Secretária quando houver necessidade.

Integrante do Movimento Negro há muitos anos, Silvany é historiadora e adquiriu experiências dirigindo e orientando ações e políticas públicas voltadas para os afrodescendentes. Em Ribeirão Preto foi a responsável pela implantação do Projeto Baobá, conjunto de ações que visavam a implantação da Lei 10639, que obriga o Estado a instituir o ensino da História da África e da cultura negra nas escolas públicas.
Para o fundador do C.C. Orùnmilá, Paulo C. Pereira de Oliveira, a indicação de Silvany se deve a sua competência e a seu histórico de militância junto às comunidades afrodescentes. “Silvany possui condições de assumir e dirigir qualquer órgão público voltado para a emancipação do povo negro. Embora não tenha sido uma indicação nossa, pois não temos ligação direta com o governo, reconhecemos a capacidade dela de fazer um excelente trabalho no referido cargo”, disse Oliveira.

O dirigente do C.C. Orùnmilá ressalta ainda que a indicação é motivo de orgulho tanto para o Centro Cultural quanto para a município e região de Ribeirão Preto. Oliveira disse ainda que acredita que a professora manterá a postura de independência e autonomia que caracteriza a história do Orùnmilá. “Creio que Silvany se posicionará corretamente se perceber que a SEPPIR não está cumprindo seus objetivos de emancipação das comunidades negras. Isso já ocorreu aqui em Ribeirão Preto. Silvany renunciou quando a administração local deixou de assumir compromissos e tentou esvaziar o Projeto Baobá”, afirmou. Oliveira se refere à renúncia de Silvany de cargo na administração municipal quando, com a mudança de governo, as diretrizes e propostas do projeto Baobá perderam força e foram praticamente abandonadas. Na época, a professora renunciou com distribuição de carta pública explicando seu posicionamento e sua insatisfação com a postura do governo municipal.

Fonte: Centro Cultural Orùnmilá de Ribeirão Preto